domingo, 14 de outubro de 2007

Corra social

Uma questão continua presente - ainda que com menos força - quando se fala de adolescência: a virgindade. À época que eu era adolescente (meados dos anos 90), falava-se apenas na virgindade sexual. Hoje é comum em conversas de mancebos o tema “BV” (boca virgem). Mas não se fala de uma virgindade mais profunda.

Não entenda mal, caro leitor. Falo da virgindade moral. Desde muito pequenos, os adolescentes e jovens de hoje foram expostos a uma sexualidade pornográfica, incabível à tenra idade infanto-juvenil.

Bundas rebolando, seios e genitálias balançando, movimentos que aludem ao ato sexual de forma explícita... Tudo isso encenado por supostos artistas na TV e copiados por crianças, que vestem tops e roupas coladas, agindo como aqueles mesmos adultos da televisão. Acabam por incitar, em mentes doentes, a prática criminosa e pecaminosa chamada pedofilia.

Mas se o senhor leitor - ou a senhora leitora – pensar mais um pouco, verá que toda essa apologia ao sexo como vício (e não “liberdade sexual”, como pregam “emetevês” e pseudo-rebeldes) atinge a parcela mais volúvel da população (adolescentes), mas atinge também a nós, adultos. É preciso tranzar, é necessário “ficar”, comer; é dever cívico viver para o sexo. Somos estuprados pela ditadura do sexo. Somos vítimas da corra social vivida atualmente.

Abaixo a ditadura! Viva o sexo de forma natural, e não forçada, antecipada!