quinta-feira, 27 de setembro de 2012

#microcontos

Pintava o rosto com um sorriso barato comprado na esquina.
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O palhaço foi notado na rua ao sair de casa sem maquiagem.
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Desejava ser, lá no céu, uma estrela apagada mas que ainda brilha.
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A rua se fez avenida quando ela passou.
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Olhando para o céu, suas lágrimas demoravam mais para se desfazerem no chão.
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Tudo o que ele queria, naquele instante, era esconder seu rosto triste debaixo de um riso cantado.
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Aquele olhar indireto acertou em cheio seu coração.
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Lembrou-se de quando era uma criança e podia chorar de medo. Invejou aquele tempo passado.
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Ele quis sê-la, mas esqueceu quem era.
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Se me abraçares, terei todo um mundo de belezas e alegrias entre meus braços.
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Se eu te faço rir quando estou triste, é porque teu riso é minha paz.
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Na escola eu aprendi a escrever versos. Ao te ver eu aprendi o que é poesia.
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Eu me pergunto como poderia saber o que é amor antes de conhecer-te.
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Permita-me conhecer-lhe, pois tamanha formosura em sorriso e porte devem abrigar uma linda pessoa.
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Menina, brinca comigo a brincadeira de ser feliz?
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Não diga que são meus olhos, porque eu os fecho e você continua linda.
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Não me queira sério, porque seu amor me faz ser alegre.
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Duas pessoas. Um amor. Duas vidas transbordando-se.
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Eu vi dois velhinhos lindos, apaixonados. Sonhei com o futuro que te proponho agora.
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Mais do que querer-te, quero nossas mãos dadas para transbordarmos amor a quem queremos bem.
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Viu a moça mais linda passando ali na rua? Não? Ah, desculpe-me, não há espelhos aqui.
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Amor a dois, com dez amigos a defendê-lo.
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Olhando nos olhos dele, ela dizia: "segura minha mão, menino bonito, porque eu preciso manter os pés no chão e ficar contigo".
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Ei, menina, deixa eu segurar na tua mão pra ter uma ideia de como seria minha vida se meu sonho se tornasse real?
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Desejavam morrer como nasceram um para o outro: de mãos dadas, num beijo sem tempo. E morriam assim, todos os dias.

Fábio Pedro Racoski

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Formosa poesia

eis que surge
em uma morena
a síntese
de toda a beleza
que minha pobre poética
é incapaz de descrever
com maestria.

anda, na dança do seu corpo,
a carregar de paixão
o mundo,
em sorriso de cantiga,
em pele de sonata,
em corpo de soneto,
a musa que causa inveja
até mesmo nas deusas.

na métrica impecável
convive com o pecado
de não ouvir
todos os dias
o quanto é bela.

Fábio Pedro Racoski

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

A gente

a gente se pertence,
a gente se protege,
a gente se fortalece,
a gente se conhece
tanto, tanto,
que quando a gente briga
a gente sofre,
quando a gente chora
a gente abraça,
e quando a gente se ama
a gente se entrega
até não saber mais
o que é gente
e o que é paixão divina.

Fábio Pedro Racoski

Maestra

na arte de ser paixão
ela tem engenho incomparável.
na universidade de ser bela
ela é livre docente.
na música de encantar
ela é virtuosíssima.
na beleza desse mundo
ela é todo um universo.

Fábio Pedro Racoski

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Um palhaço

disfarço lágrimas
com cebolas.
difarço choro
com riso.
disfarço tristeza
te alegrando.
disfarço vontade de morrer
cantando desafinado.

disfarço
meu coração partido
com a maquiagem
no meu rosto frio
e sem esperança.

Fábio Pedro Racoski

domingo, 16 de setembro de 2012

Deus (ou não)

o homem dá a deus
uma existência.
uns fazem dela mote,
outros fazem
desistência.

Fábio Pedro Racoski

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

A vida, menina

A vida é bela, menina,
de uma beleza tão ímpar,
tão rara
e tão discreta
que é difícil de ser percebida
assim, de uma hora pra outra.

A vida é dura, menina,
tão dura e,
ao mesmo tempo,
tão leve,
que é difícil sustentar
essa leveza sobre os ombros.

A vida é sentir, menina,
um dia tristeza,
no outro também,
uma vontade
de morrer...
Mas o desejo ainda maior
de estar com você
num abraço
sem limite,
sem espaço,
sem medos.

A vida, minha menina,
minha amiga,
pode ser tão bela
quanto você
e tão forte
quanto nossa
amizade.

Porque duas pessoas
de braços dados
podem muito mais
do que qualquer dor
nesse mundo.

Fábio Pedro Racoski

domingo, 9 de setembro de 2012

A luta

de todos
os desafios
o maior
é lutar
contra o tempo.

de todas
as vitórias
a maior
é perder-se
para encontrar-se.

de todas
as aventuras
a maior
é ousar ser
eu mesmo.

Fábio Pedro Racoski

Sou teu, morena

Sou teu abraço, morena.
O aconchego teu, eterno,
sou tua manhã de inverno
em plena noite serena.

Sou teu repouso, morena.
Sou o teu porto seguro,
guardião desse amor, tão puro,
tua paixão em calma plena.

Sou teu amigo, menina.
Quero-te livre e aqui,
com toda a beleza em ti,
tão natural, genuína.

Fábio Pedro Racoski

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Verdadeiros encontros

Verdadeiros encontros acontecem entre inteiros que acrescentam um ao outro e, às vezes, 'transbordam-se'. Não entre metades que se completam, apenas.

Vanessa Massacessi