domingo, 7 de junho de 2009

Para um mundo menos tétrico, Tetris!

Fotomontagem de Erik Johansson (na verdade, "desde 1984").

Ontem, dia 06 de junho, o mais viciante jogo eletrônico, a porta de entrada de muita gente no mundo dos videogames, o Tetris, completou 25 anos de criação.

Nessa data, em 1984, um russo chamado Alexey Pajitnov (Алексей Пажитнов) criou, em plena guerra fria, um jogo para o computador Elektronika 60 (Электроника 60), da empresa Elektronorgtechnika - sim, existiam computadores digitais na União Soviética. O jogo recebeu este nome - Tetris - porque cada peça é formada por quatro (é tetra!) "minas" ou retângulos, chamadas de "tetraminós". As peças devem ser encaixadas para preencher uma ou mais linhas a fim de eliminá-las; no máximo, quatro - quando eu conseguia tirar quatro linhas era uma alegria só!

Nesses 25 anos, o Tetris ganhou continuações e versões as mais esdrúxulas possíveis. Tem Tetris 3D; Tetris com pecinhas formadas por um retângulo, cinco ou mais; Tetris erótico; centenas de jogos inspirados no Tetris, como Columns, Dr. Robotnik Mean Bean Machine e outros. A criação simples e eficiente do russo ganhou o mundo e pode ser encontrada em qualquer videogame, computador, celular, calculadora ou osciloscópio.

Você, amigo leitor, amiga leitora, já jogou seu Tetris hoje?

Nós, tetraminós

Sonhei que o mundo era um Tétris
telúrico, teatral,
onde na Terra tudo se encaixava
e o pranto debaixo dos pés
desaparecia
num passe de mágica.

As pessoas,
tetraminós de diferentes cores
e formas, giravam
e colocavam suas formas
diferentes de ser
em posição de igualdade
com outras formas
diferentes de ser.
E tudo fluía,
as dores, para baixo dos pés,
sumiam em linhas fantásticas.

Mas acordei
e, ao despertar,
vi que as peças
já não se encaixavam,
deixando espaços vazios
e fazendo surgir na tela da vida
a mensagem de "game over".
Reiniciar.

Fábio Pedro Racoski

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