domingo, 26 de agosto de 2012

Microcontos

Ninguém conseguia vê-lo, porque estava preso nos muros que ele mesmo ergueu.
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Ninguém enxergava tão profundamente para poder ver sua beleza.
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Sabia que não era um verme, mas a cidade insistia em enganar seu coração.
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Ele experimentou sua maior dor quando tentou amputar a solidão de si, em vão.
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Ela se embriagava do desejo dele.
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Ele é o tamanho certo para vesti-la.
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Depois de toda nossa trovoada, a chuva sobre nós.
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Da ocasião, fizeram seu eterno momento de fogo ardendo, de dentro para fora.
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Amam-se sob a proteção do anjo guardião de suas paixões.
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Sob a luz dos seus olhos, uma paixão em fogo aceso.
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Seus lábios se expressam sem palavras.
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A paixão a arranhou mais forte que o roçar no seu pescoço.
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A chuva molhava seus corpos enquanto as lágrimas buscavam os beijos um do outro.
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Buscou a si mesmo. Encontrou-se. E, assim, passou a sentir a paixão dela.
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Ao fechar os olhos e ouvir sua voz de lágrimas e desejos, ela o sentiu dentro de si.

Fábio Pedro Racoski

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