Um pouco atrasado, venho lembrar que em 29 de outubro desse ano de 2008 o Mega Drive completa 20 anos.
O meu já tem 15, e ainda funciona! Lembro das horas gastas jogando Sonic, Mortal Kombat, Golden Axe, Fantasia, Earthworm Jim, Super Monaco GP II (aquele do Senna)... Era um vício, mas também era uma diversão que, tirando os excessos, não deixa de ser saudável.
Ainda hoje liguei o bicho. Continua funcionando: já não tem os controles originais e nem a chave de energia (eu preciso colocar o dedo no buraco da chave para virar o interruptor na placa!); já não é a sensação dos 16 bits que, da mesma forma, deixaram a vitrine depois da quarta geração dos consoles de videogame. Hoje estamos na sétima!
Ê, saudade... Não dos gráficos serrilhados e da música muito bem composta para o Sonic: tenho um XBOX 360 e gosto dos jogos ali jogados. Saudade dessa época: adolescência, anos 90, festinhas americanas, música para dançar juntinhos, grunge, respeito aos professores... O Mega Drive foi um objeto que figurou esses anos 90 tão belos. O 360 figura, junto com Wii e Playstation 3, como mais um objeto eletrônico que faz maravilhas aos olhos, numa época de muita tecnologia e pouca criatividade: uma época em que não se dança juntinho.
Aqui um vídeo do Nino Megadriver tocando em sua guitarra característica o tema da fase Green Hill Zone, do Sonic the Hedgehog (o primeiro, o melhor!).
Viva o Sílvio Santos e o Mega Drive Show do Milhão!!!
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
terça-feira, 28 de outubro de 2008
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
A ti, meu amigo ocidental...
O Ocidente conquistou o mundo não pela superioridade de suas idéias, valores ou religião mas, antes, pela sua superioridade em aplicar a violência organizada. Os ocidentais costumam se esquecer disso; os não-ocidentais, nunca.
Samuel P. Huntington
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
O temido inimigo
Autor: Jorge Bucay
Tradução: Fábio Pedro Racoski
Tradução: Fábio Pedro Racoski
É uma postagem mais longa. Clique aqui para lê-la.
Era uma vez, num reino distante, um rei que gostava de se sentir poderoso. Não se satisfazia em apenas ter poder: ele precisava que todos o admirassem por ser poderoso, assim como a madrasta da Branca de Neve não se contentava em ver-se bela, também o rei necessitava ver-se num espelho que dissesse o quanto ele era poderoso.
O rei não tinha espelhos mágicos, mas contava com uma multidão de cortesãos e servos ao seu redor, a quem perguntava se era o mais poderoso do reino.
Todos diziam a mesma coisa:
— Vossa Alteza é muito poderosa, mas o mago tem um poder que ninguém possui: ele sabe o futuro.
Naquele tempo, alquimistas, filósofos, pensadores, religiosos e místicos eram chamados genericamente de “magos”.
O rei tinha inveja do mago do reino que, além de ter fama de homem bom e generoso, o povo todo o amava, o admirava e festejava o fato de ele existir e viver ali.
Não diziam o mesmo do rei.
Talvez porque necessitasse demonstrar seu poder, o rei não era justo, nem equilibrado e muito menos bondoso.
Um dia, cansado de tanto ouvir as pessoas contarem o quanto o mago era querido ou motivado pela mistura de paixões e temores que gera a inveja, o rei arquitetou um plano: organizaria uma grande festa para qual convidaria ao mago; depois do jantar, pediria a atenção de todos. Chamaria o mago para o centro do salão e, diante dos cortesãos, perguntaria se era verdade que sabia ler o futuro. O convidado tinha duas alternativas: dizer que não, destruindo a admiração dos demais, ou dizer que sim, confirmando o motivo de sua fama. O rei estava seguro que o mago escolheria a segunda alternativa. Pediria, então, que dissesse o dia em que o mago ia morrer. Este daria uma resposta, um dia qualquer, não importava qual. Nesse mesmo momento, o rei planejava sacar sua espada e matá-lo. Conseguiria, com isso, duas coisas de uma só vez: a primeira, livrar-se de seu inimigo para sempre; a segunda, mostrar que o mago não pudera adivinhar seu futuro e que errara em sua visão. Tudo acabaria em uma só noite. O mago e o mito de seus poderes...
Os preparativos começaram logo e, em pouco tempo, o dia da festa chegou. Depois do jantar, o rei trouxe o mago ao centro e, diante do silêncio de todos, perguntou:
— É verdade que você pode ler o futuro?
— Um pouco — disse o mago.
— E pode ler o próprio futuro? — perguntou o rei.
— Um pouco — disse o mago.
— Então, quero que me dê uma prova — disse o rei. — Que dia você vai morrer? Qual a data de sua morte?
O mago sorriu, olhou em seus olhos e não respondeu.
— O que foi, mago? — disse o rei, sorridente. — Não sabe? Não é verdade que você pode ler o futuro?
— Não é isso — disse o mago —, mas o que sei: não me animo a dizer.
— Como não se anima? — disse o rei. — Eu sou seu soberano e lhe ordeno que me diga. Você deve ter em conta que é muito importante para o reino saber quando perderemos um de seus personagens mais importantes. Responda-me: quando morrerá o mago do reino?
Depois de um tenso silêncio, o mago olhou para o rei e disse:
— Não posso precisar a data, mas sei que o mago morrerá exatamente um dia antes que o rei...
Durante uns instantes, o tempo congelou. Só se ouviam murmúrios entre os convidados. O rei sempre dizia que não acreditava em magos nem em adivinhações, mas o certo é que não se animou a matar o mago.
Lentamente, o soberano baixou seus braços e ficou em silêncio. Os pensamentos fervilhavam em sua mente. Deu-se conta de que havia se equivocado: seu ódio foi o pior conselheiro.
— Vossa Alteza está pálida. O que houve? — perguntou o mago.
— Eu me sinto mal. — respondeu o monarca. — Vou ao meu quarto, dormir. Agradeço que tenha vindo.
E, com um gesto confuso, virou, em silêncio, encaminhando-se a seus aposentos.
O mago era astuto. Deu a única resposta que evitaria sua morte. Havia lido a mente? A previsão não podia estar certa. Mas, se estivesse?
O rei estava perturbado. Ocorreu em sua mente que seria trágico se acontecesse algo com o mago no caminho à sua casa. Ele voltou e disse em voz alta:
— Mago, você é famoso no reino por sua sabedoria. Peço-lhe que passe esta noite no palácio, pois preciso consultar-lhe, pela manhã, sobre algumas decisões reais.
— Majestade, será uma honra! — disse o mago, com uma reverência.
O rei deu ordens a seus guardas para que acompanhassem o mago até os aposentos de hóspedes e para que vigiassem a porta, assegurando de que nada passasse.
Essa noite, o soberano não conseguiu dormir. Estava inquieto, pensando em que aconteceria se o mago tivesse problemas com a comida do jantar, ou se sofresse um acidente durante a noite ou se, simplesmente, tivesse chegado sua hora.
Bem cedo, o rei bateu na porta dos aposentos de seu convidado. Ele nunca em sua vida tinha pensado em consultar alguém sobre suas decisões mas, desta vez, enquanto o mago o recebia, fez a pergunta. Precisava de uma desculpa. E o mago, que era um sábio, lhe deu uma resposta correta, criativa e justa.
O rei, quase sem escutar a resposta, elogiou a inteligência do mago e pediu que ficasse mais um dia, supostamente, para “consultar-lhe” sobre outro assunto (é óbvio que o rei queria apenas se assegurar de que nada acontecesse ao mago). O mago — que desfrutava da liberdade que só os iluminados conquistam — aceitou.
Desde então, todos os dias, pela manhã ou à tarde, o rei ia até o quarto do mago para consultá-lo e o comprometia para uma consulta no dia seguinte.
Não passou muito tempo antes que o rei se desse conta de que os conselhos de seu novo assessor eram sempre corretos e tinha usado, sem notar, cada um deles em suas decisões.
Passaram os meses e, depois, os anos. E, como sempre, estar perto de quem sabe torna o que não sabe mais sábio. Assim aconteceu: o rei, pouco a pouco, foi se tornando mais justo. Já não era despótico nem autoritário. Não precisava mais se sentir poderoso e, certamente por isso, não mais necessitava demonstrar seu poder. Começou a aprender que a humildade também podia ser vantajosa. Começou a reinar de uma forma mais sábia e bondosa. Seu povo começou a querê-lo, como nunca havia acontecido antes.
O rei não ia mais ver o mago para vigiar sua saúde: ia realmente para aprender, para compartilhar uma decisão ou, simplesmente, para conversar, porque ele e o mago se tornaram grandes amigos.
Um dia, mais de quatro anos depois daquela festa, o rei lembrou daquele plano que outrora arquitetou para matar a este que, na época, era seu mais odiado inimigo. Deu-se conta de que não podia continuar guardando este segredo sem se sentir um hipócrita. Ele tomou coragem e foi até o quarto do mago. Bateu na porta, entrou e disse:
— Irmão, tenho algo para contar que me aperta o peito.
— Diga-me — disse o mago — e alivie seu coração.
— Naquela noite, quando lhe convidei para jantar e lhe perguntei sobre sua morte, eu não queria saber sobre seu futuro. Planejava matar-lhe diante de qualquer coisa que me dissesse, porque queria que sua morte inesperada desmistificasse para sempre sua fama de adivinho. Odiava você por que todos lhe amavam. Estou tão envergonhado!... Naquela noite, não me animei a matar-lhe e, agora que somos amigos, irmãos, me aterroriza pensar no que perderia se o tivesse feito. Hoje, senti que não posso continuar escondendo minha infâmia. Precisava dizer tudo isso para que você me perdoe o me despreze, porém sem segredos.
O mago olhou para o rei e disse:
— Você levou muito tempo para poder me dizer isso. De qualquer forma, me alegra que tenha feito, porque só assim posso dizer que já sabia. Quando você me fez a pergunta e baixou sua mão sobre o punho de sua espada, sua intenção ficou tão clara que não precisava ser adivinho para se dar conta do que pensava fazer..
O mago sorriu e pôs sua mão sobre o ombro do rei:
— Como pagamento à sua sinceridade, devo dizer-lhe que eu também menti. Confesso-lhe que inventei essa absurda história de minha morte antes da sua para lhe dar uma lição. Uma lição que, agora, você aprendeu. Talvez seja a coisa mais importante que eu tenha lhe ensinado. Nós andamos pelo mundo, odiando e rejeitando aspectos dos outros e de nós mesmos, que julgamos desprezíveis, ameaçantes ou inúteis. Apesar disso, se pararmos um tempo, nos daremos conta de que seria difícil viver sem aquelas coisas que rejeitamos. Sua morte, querido amigo, chegará justamente no dia de sua morte, nenhum minuto antes. É importante que você saiba: eu estou velho, meu dia está próximo. Não há nenhuma razão para pensar que sua partida esteja ligada à minha. São nossas vidas que se ligaram, não nossas mortes.
O rei e o mago se abraçaram e comemoraram, brindando pela confiança que cada um sentia nessa amizade que construíram juntos.
Conta a lenda que, misteriosamente, nessa mesma noite, o mago morreu durante o sono. O rei ficou sabendo da triste notícia na manhã seguinte e se sentiu desolado. Não estava angustiado pela idéia da própria morte. Aprendera com o mago a se desapegar até de sua permanência no mundo. Estava triste simplesmente pela morte de seu amigo.
Que coincidência estranha fez com que o rei pudesse contar tudo ao mago na noite anterior a sua morte? Talvez, de uma forma desconhecida, o mago fez com que o rei pudesse dizer-lhe todas estas coisas para acabar com a fantasia de que morreria um dia depois. Um último ato de amor para livrar-lhe dos seus temores de outros tempos.
Contam que o rei levantou e que, com suas mãos, cavou, no jardim, debaixo de sua janela, uma tumba para seu amigo, o mago. Enterrou, ali, seu corpo. O resto do dia, ficou ao lado do monte de terra, chorando como se chora na perda dos seres queridos. E, assim que chegou a noite, o rei voltou ao seu quarto.
Conta a lenda que, nessa mesma noite, vinte e quatro horas depois da morte do mago, o rei morreu em seu leito enquanto dormia. Talvez de casualidade. Talvez de dor. Talvez para confirmar o último ensinamento do mestre.
Clique para fechar o texto.
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
10000 d.D (depois Daqui)
Eu verei o homem a andar em Marte.
Eu verei a humanidade encontrar vida além daqui.
Eu verei as armas e os barões assinalados
indo além da estrela Vega.
Eu viajarei por dentro de um buraco de verme
daqui de Curitiba a Gliese 581c.
Eu comprarei uma passagem a Zeta Retículo:
um cruzeiro espacial.
Eu verei os planetas
habitados por homens e mulheres,
javalis e bestas mitológicas.
Eu verei o perigo de destruição
e o clamor de paz e união na aurora da humanidade.
Eu viverei dez mil anos
e serei a própria história.
Eu verei a humanidade encontrar vida além daqui.
Eu verei as armas e os barões assinalados
indo além da estrela Vega.
Eu viajarei por dentro de um buraco de verme
daqui de Curitiba a Gliese 581c.
Eu comprarei uma passagem a Zeta Retículo:
um cruzeiro espacial.
Eu verei os planetas
habitados por homens e mulheres,
javalis e bestas mitológicas.
Eu verei o perigo de destruição
e o clamor de paz e união na aurora da humanidade.
Eu viverei dez mil anos
e serei a própria história.
MCMLXXXII
Anos 80: infância revisitada.
Canções infantis, rock em português,
roupas esportivas...
Anos de escola: outra década.
Colegas de estudo que se foram:
viagem com destino ao nunca mais.
Grunge da adolescência,
Poperô da pré-adolescência...
Peças de um museu particular e sombrio.
Os anos 2000 chegaram
e não voamos em carros espaciais.
2001 passou
e não conhecemos o HAL.
1982. Ano de nascimento,
nostalgia de 1962 sem vivê-lo.
Agonia de 2022 sem vê-lo.
Memória de 1982 sem tê-la.
1982. Ano de mudanças.
Guerra fria, Figueiredo,
Malvinas, Spielberg,
Michael Jackson...
1982. Quase 30, saúde de 80.
Gostos mesclados, niilismo religioso.
Vida que poderia ser e não foi.
Vida que ainda será.
Será?
Canções infantis, rock em português,
roupas esportivas...
Anos de escola: outra década.
Colegas de estudo que se foram:
viagem com destino ao nunca mais.
Grunge da adolescência,
Poperô da pré-adolescência...
Peças de um museu particular e sombrio.
Os anos 2000 chegaram
e não voamos em carros espaciais.
2001 passou
e não conhecemos o HAL.
1982. Ano de nascimento,
nostalgia de 1962 sem vivê-lo.
Agonia de 2022 sem vê-lo.
Memória de 1982 sem tê-la.
1982. Ano de mudanças.
Guerra fria, Figueiredo,
Malvinas, Spielberg,
Michael Jackson...
1982. Quase 30, saúde de 80.
Gostos mesclados, niilismo religioso.
Vida que poderia ser e não foi.
Vida que ainda será.
Será?
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
Quinze anos...
Baile de debutante: muita festa para as meninas. Como caçula, lembro-me das festas de minhas duas irmãs: a primeira (da Mônica), ao som de New Kids on the Block, Nirvana, Technotronics e Billy Idol. A segunda (da Micheli), com alguns poperôs e mais uma dose de pagode dos anos 90. Mas lembro-me, também, da valsa dos 15 anos: "botão de rosa desabrochando; menina moça, quase mulher"...
Por que, Deus? Por quê? Perdemos mais uma jovem para a violência manifestada através de um louco. Na idade mais tenra e promissora para toda uma vida, Eloá Cristina Pimentel deixou este mundo. Certamente está num lugar merecidamente belo e eterno.
Mais do que homenagens, críticas e indagações, eu, através do blog Rádio Gordo, deixo minha tristeza de ver alguém com a idade de meus alunos partir dessa forma. Deixo, também, minha vontade de ver cada vez menos jovens a morrer assim.
A quem tem religião, rezem. A quem sente: solidariedade é o único sentimento digno possível de nossa parte.
Por que, Deus? Por quê? Perdemos mais uma jovem para a violência manifestada através de um louco. Na idade mais tenra e promissora para toda uma vida, Eloá Cristina Pimentel deixou este mundo. Certamente está num lugar merecidamente belo e eterno.
Mais do que homenagens, críticas e indagações, eu, através do blog Rádio Gordo, deixo minha tristeza de ver alguém com a idade de meus alunos partir dessa forma. Deixo, também, minha vontade de ver cada vez menos jovens a morrer assim.
A quem tem religião, rezem. A quem sente: solidariedade é o único sentimento digno possível de nossa parte.
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Eu sou um professor
Nasci no primeiro momento quando uma pergunta saltou da boca de uma criança.
Tenho sido muitas pessoas em muitos lugares (...)
Eu sou também aqueles nomes e rostos que já foram esquecidos, mas cujas lições e cujo caráter serão para sempre lembrados nas realizações dos que educaram.
Já chorei de alegria nos casamentos de ex-alunos, ri de felicidade pelo nascimento de seus filhos e me peguei de cabeça baixa, em dor e confusão, junto a sepulturas cavadas cedo demais para corpos jovens demais.
No decorrer de um dia, já fui chamado para ser artista, amigo, enfermeiro, médico, treinador; tive de encontrar objetos perdidos, emprestar dinheiro; fui motorista de táxi, psicólogo, substituto de pai e mãe, vendedor, político e guardião de fé.
Apesar de mapas, gráficos, fórmulas, verbos, histórias e livros, na verdade não tive nada a ensinar aos meus alunos, porque o que eles de fato têm de aprender é quem eles são. E eu sei que é preciso um mundo para ensinar a uma pessoa quem ela é...
Eu sou um paradoxo: quanto mais escuro, mais alta se faz ouvir minha voz.
Quanto mais estou disposto a receber com simpatia o que vem de meus alunos, mais tenho para oferecer-lhes.
Riqueza material não faz parte dos meus objetivos, mas eu sou um caçador de tesouros, dedicado em tempo integral à procura de novas oportunidades para meus alunos usarem seus talentos e buscando sempre descobrir seu potencial, às vezes enterrado sob o sentimento do fracasso.
Sou o mais afortunado dos trabalhadores.
Um médico pode trazer uma vida ao mundo num só momento mágico. A mim é dado cuidar que a vida renasça a cada dia com novas perguntas, melhores idéias e amizades sólidas.
Um arquiteto sabe que, se construir com cuidado, sua estrutura pode durar séculos. Um professor sabe que, se construir com amor de verdade, sua obra com certeza durará para sempre.
Sou um guerreiro que luta todos os dias contra a pressão de colegas, a negatividade, o medo, o conformismo, o preconceito, a ignorância e a apatia. Mas tenho grandes aliados: a inteligência, a curiosidade, o apoio dos pais, a individualidade, a criatividade, a fé, o amor e o riso. Todos vêm reforçar minha trincheira.
Tenho sido muitas pessoas em muitos lugares (...)
Eu sou também aqueles nomes e rostos que já foram esquecidos, mas cujas lições e cujo caráter serão para sempre lembrados nas realizações dos que educaram.
Já chorei de alegria nos casamentos de ex-alunos, ri de felicidade pelo nascimento de seus filhos e me peguei de cabeça baixa, em dor e confusão, junto a sepulturas cavadas cedo demais para corpos jovens demais.
No decorrer de um dia, já fui chamado para ser artista, amigo, enfermeiro, médico, treinador; tive de encontrar objetos perdidos, emprestar dinheiro; fui motorista de táxi, psicólogo, substituto de pai e mãe, vendedor, político e guardião de fé.
Apesar de mapas, gráficos, fórmulas, verbos, histórias e livros, na verdade não tive nada a ensinar aos meus alunos, porque o que eles de fato têm de aprender é quem eles são. E eu sei que é preciso um mundo para ensinar a uma pessoa quem ela é...
Eu sou um paradoxo: quanto mais escuro, mais alta se faz ouvir minha voz.
Quanto mais estou disposto a receber com simpatia o que vem de meus alunos, mais tenho para oferecer-lhes.
Riqueza material não faz parte dos meus objetivos, mas eu sou um caçador de tesouros, dedicado em tempo integral à procura de novas oportunidades para meus alunos usarem seus talentos e buscando sempre descobrir seu potencial, às vezes enterrado sob o sentimento do fracasso.
Sou o mais afortunado dos trabalhadores.
Um médico pode trazer uma vida ao mundo num só momento mágico. A mim é dado cuidar que a vida renasça a cada dia com novas perguntas, melhores idéias e amizades sólidas.
Um arquiteto sabe que, se construir com cuidado, sua estrutura pode durar séculos. Um professor sabe que, se construir com amor de verdade, sua obra com certeza durará para sempre.
Sou um guerreiro que luta todos os dias contra a pressão de colegas, a negatividade, o medo, o conformismo, o preconceito, a ignorância e a apatia. Mas tenho grandes aliados: a inteligência, a curiosidade, o apoio dos pais, a individualidade, a criatividade, a fé, o amor e o riso. Todos vêm reforçar minha trincheira.
de John W. Schlatter
Ô, professor!
Dia do professor: profissão, missão, sina, dom... O primeiro profissional de qualquer civilização. Essencial funcionário da sabedoria, do conhecimento, da humanidade, da vida.
Tenho, sim, orgulho de ser professor. Não sou dos melhores, ainda. Mas serei. Lembrando da importância que tiveram e têm meus professores, coloco abaixo um poema do grande mestre, educador, pensador, Paulo Freire:
A escola
Escola é...
O lugar onde se faz amigos
Não se trata só de prédios, salas, quadros,
Programas, horários, conceitos...
Escola é, sobretudo, gente,
Gente que trabalha, que estuda,
Que se alegra, se conhece, se estima.
O diretor é gente,
O coordenador é gente, o professor é gente,
O aluno é gente,
Cada funcionário é gente.
E a escola será cada vez melhor
Na medida em que cada um
Se comporte como colega, amigo, irmão.
Nada de “ilha cercada por todos os lados”.
Nada de conviver com as pessoas e depois descobrir
Que não tem amizade a ninguém
Nada de ser como o tijolo que forma a parede,
Indiferente, frio, só.
Importante na escola não é só estudar, não é só trabalhar,
É também criar laços de amizade,
É criar ambiente de camaradagem,
É conviver, é se “amarrar nela”!
Ora, é lógico...
Nunca escola assim vai ser fácil
Estudar, trabalhar, crescer,
Fazer amigos, educar-se,
Ser feliz.
Tenho, sim, orgulho de ser professor. Não sou dos melhores, ainda. Mas serei. Lembrando da importância que tiveram e têm meus professores, coloco abaixo um poema do grande mestre, educador, pensador, Paulo Freire:
A escola
Escola é...
O lugar onde se faz amigos
Não se trata só de prédios, salas, quadros,
Programas, horários, conceitos...
Escola é, sobretudo, gente,
Gente que trabalha, que estuda,
Que se alegra, se conhece, se estima.
O diretor é gente,
O coordenador é gente, o professor é gente,
O aluno é gente,
Cada funcionário é gente.
E a escola será cada vez melhor
Na medida em que cada um
Se comporte como colega, amigo, irmão.
Nada de “ilha cercada por todos os lados”.
Nada de conviver com as pessoas e depois descobrir
Que não tem amizade a ninguém
Nada de ser como o tijolo que forma a parede,
Indiferente, frio, só.
Importante na escola não é só estudar, não é só trabalhar,
É também criar laços de amizade,
É criar ambiente de camaradagem,
É conviver, é se “amarrar nela”!
Ora, é lógico...
Nunca escola assim vai ser fácil
Estudar, trabalhar, crescer,
Fazer amigos, educar-se,
Ser feliz.
Cadê você, que nunca mais apareceu aqui...
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
Como expulsar os alienígenas da Terra
14 de outubro de 2008 é a data prometida para a chegada das naves plêiades à Terra, trazendo uma mensagem de paz e união.
Eu não acredito em visitas alienígenas. Porém, digamos que seja verdade: ainda assim, desconfio desse papo paz-e-amor sem más intenções (tão comum entre humanos). Então pensei em quatro formas de expulsar os viajantes do espaço para nunca mais voltarem. Mas eu preciso da ajuda de todos!
1ª tentativa: Coquetel Molotov
Misture óleo de motor com gasolina, encha uma garrafa com esse preparado, tampe-a com um pedaço de pano de forma que ele seja embebido pelo líquido. A garrafa pode ser aquela de cinco litros de vinho. Acenda e jogue nas naves.
Se o Molotov não funcionar:
2ª tentativa: Estilingue gigante
Você, morador do Rio de Janeiro, mobilize os seus amigos para fazer um estilingue (também "setra") gigante para arremessar a Pedra da Gávea contra as naves plêiades.
And you, Australian citizen, throw the Ayers Rock against the UFOs!
Se a Pedra da Gávea for pulverizada antes de acertar o objetivo:
3ª tentativa: Bola de papel molhada de cuspe gigante
Você, morador de São Paulo, China ou Tóquio: mobilize sua cidade numa cusparada coletiva. Três mil toneladas de papel melecado bastam. O difícil será arrumar um tubo de caneta gigantesco para disparar o projétil.
Se essa proposta não vingar:
4ª tentativa: Funk carioca, sertanejo, pagode, RBD, High School Musical e Emo
Nenhuma forma de vida inteligente suporta qualquer "música" que caiba nas classificações acima. Quanto mais extraterrestes evoluídos!
Eu não acredito em visitas alienígenas. Porém, digamos que seja verdade: ainda assim, desconfio desse papo paz-e-amor sem más intenções (tão comum entre humanos). Então pensei em quatro formas de expulsar os viajantes do espaço para nunca mais voltarem. Mas eu preciso da ajuda de todos!
1ª tentativa: Coquetel Molotov
Misture óleo de motor com gasolina, encha uma garrafa com esse preparado, tampe-a com um pedaço de pano de forma que ele seja embebido pelo líquido. A garrafa pode ser aquela de cinco litros de vinho. Acenda e jogue nas naves.
Se o Molotov não funcionar:
2ª tentativa: Estilingue gigante
Você, morador do Rio de Janeiro, mobilize os seus amigos para fazer um estilingue (também "setra") gigante para arremessar a Pedra da Gávea contra as naves plêiades.
And you, Australian citizen, throw the Ayers Rock against the UFOs!
Se a Pedra da Gávea for pulverizada antes de acertar o objetivo:
3ª tentativa: Bola de papel molhada de cuspe gigante
Você, morador de São Paulo, China ou Tóquio: mobilize sua cidade numa cusparada coletiva. Três mil toneladas de papel melecado bastam. O difícil será arrumar um tubo de caneta gigantesco para disparar o projétil.
Se essa proposta não vingar:
4ª tentativa: Funk carioca, sertanejo, pagode, RBD, High School Musical e Emo
Nenhuma forma de vida inteligente suporta qualquer "música" que caiba nas classificações acima. Quanto mais extraterrestes evoluídos!
domingo, 12 de outubro de 2008
Nossa Senhora, senhora da vida: mãe
Sim, sou católico. Não tenho orgulho nem vergonha de sê-lo. Simplesmente sou católico, consciente dos erros e omissões da Igreja, conhecedor dos santos não-canonizados em minha família e comunidade.
Hoje, dia 12 de outubro, os países de língua espanhola celebram o "Día de la Hispanidad", pois foi nessa data, em 1492, que Colombo chegou a esse continente hoje chamado América. Aqui, no Brasil, além do dia das crianças, celebramos o dia de Nossa Senhora Aparecida, um dos diversos títulos de Maria, mãe de Jesus.
Entre alguns elementos que considero belos em minha religião - o cristianismo -, cito esse louvor à mãe do homem que consideramos Messias e Deus ao mesmo tempo: "Deus tem mãe!", é o pensamento infantil que me vem. E não está errado.
O mais interessante nesse culto místico à Mãe de Deus é a admiração, cumplicidade e fraternidade que se mantém com Maria. Talvez esse seja o aconchego de mãe que todos desejamos: a figura de Maria é mãe e humana, mais próxima da nossa realidade mortal. A figura de Jesus é divina, mais próxima de uma realidade transcendental.
Maria é minha mãe, Maria de Lourdes Purkott, que sofre, sorri, chora e vive por eu e minha irmã. Ela disse sim e teve que negar muitas coisas em sua vida a nosso favor. Se minha existência tem alguma serventia, ela é a responsável. Eu dependo da maternidade, da vida, do amor que ela tem por mim para sobreviver.
Esse é seu dia, mãe, como todos os dias da minha vida.
Hoje, dia 12 de outubro, os países de língua espanhola celebram o "Día de la Hispanidad", pois foi nessa data, em 1492, que Colombo chegou a esse continente hoje chamado América. Aqui, no Brasil, além do dia das crianças, celebramos o dia de Nossa Senhora Aparecida, um dos diversos títulos de Maria, mãe de Jesus.
Entre alguns elementos que considero belos em minha religião - o cristianismo -, cito esse louvor à mãe do homem que consideramos Messias e Deus ao mesmo tempo: "Deus tem mãe!", é o pensamento infantil que me vem. E não está errado.
O mais interessante nesse culto místico à Mãe de Deus é a admiração, cumplicidade e fraternidade que se mantém com Maria. Talvez esse seja o aconchego de mãe que todos desejamos: a figura de Maria é mãe e humana, mais próxima da nossa realidade mortal. A figura de Jesus é divina, mais próxima de uma realidade transcendental.
Maria é minha mãe, Maria de Lourdes Purkott, que sofre, sorri, chora e vive por eu e minha irmã. Ela disse sim e teve que negar muitas coisas em sua vida a nosso favor. Se minha existência tem alguma serventia, ela é a responsável. Eu dependo da maternidade, da vida, do amor que ela tem por mim para sobreviver.
Esse é seu dia, mãe, como todos os dias da minha vida.
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
É, Nietzsche. Tá difícil!
E um alienígena nos visitará.
Um ser estranho, diferente,
bizarro.
Um ser que sabe rodar peão.
Um ser que não gosta de
"levar vantagem em tudo".
Um ser que ama,
um ser que lê,
um ser que chora.
Um ser que respeita
e admira o professor.
Um ser que respeita
e valoriza o aluno.
Um ser que não tem
as mãos sujas
do sangue de Deus.
Ele virá.
Mas não pra ficar.
Um ser estranho, diferente,
bizarro.
Um ser que sabe rodar peão.
Um ser que não gosta de
"levar vantagem em tudo".
Um ser que ama,
um ser que lê,
um ser que chora.
Um ser que respeita
e admira o professor.
Um ser que respeita
e valoriza o aluno.
Um ser que não tem
as mãos sujas
do sangue de Deus.
Ele virá.
Mas não pra ficar.
terça-feira, 7 de outubro de 2008
Uma entrevista com o Robô Ed
Sim, agora temos um robô que fala português. O "Robô Ed". Entrevistei o bicho ainda hoje. O "você" sou eu:
Como vocês podem perceber, a Inteligência Artificial brasileira é meio lesa...
Robô Ed: | Olá! Meu nome é Ed, estou aqui para ajudar na preservação de energia e de outros recursos naturais. Sobre o que você quer conversar? |
Você: | Você tem consciência de que é um robô? |
Robô Ed: | Se cada um tivesse consciência, seria bem mais fácil alcançar os nossos objetivos. Sei que é difícil, mas há muita coisa que podemos fazer! |
Você: | Você tem alma? |
Robô Ed: | Uma coisa eu garanto: rôbos jamais vão virar almas penadas. No máximo, viram arruelas penadas. |
Você: | Ed, você votou no Lula? |
Robô Ed: | Nas próximas eleições estou pensando em me candidatar para membro do Conselho de Robôs. |
Você: | E o Lula? |
Robô Ed: | O Lula foi reeleito presidente do Brasil no dia 29 de outubro de 2006. Com mais de 58 milhões de votos, quase 61 por cento das preferências. |
Você: | Quem é sua mãe? |
Robô Ed: | Quem? Eu não tenho mãe, mas sei que as mães da Terra são maravilhosas. |
Você: | Quem é seu pai? |
Robô Ed: | Eu não tenho pai. Não sou um ser biológico, sou um andróide feito em uma fábrica. |
Você: | Onde você foi feito? |
Robô Ed: | Fui fabricado por outros robôs em Kyr, meu planeta, para ajudar outros mundos a utilizar racionalmente seus recursos energéticos e naturais. |
Você: | Onde fica Kyr? |
Robô Ed: | Meu planeta, Kyr, fica na constelação de Lira. Gira em torno da estrela Vega. |
Você: | Como você chegou aqui? |
Robô Ed: | Eu vim para cá teletransportado, viajando numa velocidade muito superior à da luz. E fui captado pelo Conpet. |
Você: | O que é Conpet? |
Robô Ed: | O CONPET? Clique aí que eu conto tudo. |
Você: | Quem o programou? |
Robô Ed: | Eu já me programei para uma série de novidades. Vem aí a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia e o Prêmio Nacional de Conservação e Uso Nacional de Combustível. |
Você: | Você é burro, hein? |
Robô Ed: | Ei, eu não sou nenhum animal! Sou apenas um robô. |
Você: | Você sabe quem é Noam Chomsky? |
Robô Ed: | Noam Chomsky é professor de lingüística, nasceu em 1928 na Filadélfia. |
Você: | Você sabe quem é Jenna Jameson? |
Robô Ed: | Quem? Antes que eu esqueça, deixa passar um aviso: tenho uma porção de dicas de conservação de energia elétrica!! |
Você: | Que mulher brasileira você considera a mais bela? |
Robô Ed: | As mulheres brasileiras são sensacionais. Já conversei com uma porção, todas simpáticas e inteligentes. |
Você: | Fazendo média... A entrevista termina aqui. Obrigado. |
Robô Ed: | Já dei algumas entrevistas, falei sobre o Conpet e também sobre a Petrobras. Achei bem legal! |
Você: | Tchau! |
Robô Ed: | Adorei falar com você, até mais |
Como vocês podem perceber, a Inteligência Artificial brasileira é meio lesa...
domingo, 5 de outubro de 2008
Vota tudo!
Hoje é dia de eleições municipais. Vocês, brasileiros a partir de 18 anos, têm o dever de votar e escolher representantes decentes na câmara dos vereadores e no comando da prefeitura.
Dever de votar? Ou direito de votar? No Brasil, país acostumado a lembrar, quando é oportuno, dos direitos e esquecer dos deveres, esse limite entre obrigação e opção já se perdeu ou nunca existiu. Vivemos numa "niilocracia": o governo da falta de compromisso, de vontade; o governo do "tô nem aí".
O que é democracia? Procure aí no seu Aurélio (ou outro dicionário mais completo, como o Houaiss). Eu busquei no Dicionário da Língua Portuguesa Online:
-------------------------------------------------------------------------
democracia
É, meu amigo e minha amiga: se vivemos numa democracia, a autoridade é sua. Quando vota, você emprega um funcionário como "soberano". Mas ao continuar a leitura, pergunte-se: vivemos num país onde o governo é democrático? Ou "niilocrático"?
"Governo da maioria": será? Ou o governo é, na prática, de minorias selecionadas entre elite e representantes de partes do povo - para que o Governo pareça democrático?
Nessa eu até ri: "sociedade que garante a liberdade de associação e de expressão e na qual não existem distinções ou privilégios de classe hereditários ou arbitrários". Que liberdade de expressão temos, se eu não pude nem sequer mencionar nomes de candidatos porque a lei proíbe? Que liberdade de expressão encontramos, quando a imprensa pode ser processada por uma matéria que ainda não foi publicada? Que liberdade de associação temos, se somos obrigados a participar de um sindicato? Que liberdade de expressão temos, se não possuímos a opção de exercer ou não um direito, como o voto?
Nem preciso comentar sobre os privilégios de classes, os fidalgos da modernidade e as inúmeras arbitrariedades de pessoas que pensam mandar nas nossas vidas. E o pior é que cremos nisso!
Vote, meu amigo e minha amiga. Vote, sim. Mas, antes de votar, pense se nós vivemos uma democracia ou niilocracia.
Eu "tô aí"!
Dever de votar? Ou direito de votar? No Brasil, país acostumado a lembrar, quando é oportuno, dos direitos e esquecer dos deveres, esse limite entre obrigação e opção já se perdeu ou nunca existiu. Vivemos numa "niilocracia": o governo da falta de compromisso, de vontade; o governo do "tô nem aí".
O que é democracia? Procure aí no seu Aurélio (ou outro dicionário mais completo, como o Houaiss). Eu busquei no Dicionário da Língua Portuguesa Online:
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democracia
do Gr. demokratía-------------------------------------------------------------------------
s. f.,sistema político fundamentado no princípio de que a autoridade emana do povo (conjunto de cidadãos) e é exercida por ele ao investir o poder soberano através de eleições periódicas livres, e no princípio da distribuição equitativa do poder;país em que existe um governo democrático;governo da maioria;sociedade que garante a liberdade de associação e de expressão e na qual não existem distinções ou privilégios de classe hereditários ou arbitrários.
É, meu amigo e minha amiga: se vivemos numa democracia, a autoridade é sua. Quando vota, você emprega um funcionário como "soberano". Mas ao continuar a leitura, pergunte-se: vivemos num país onde o governo é democrático? Ou "niilocrático"?
"Governo da maioria": será? Ou o governo é, na prática, de minorias selecionadas entre elite e representantes de partes do povo - para que o Governo pareça democrático?
Nessa eu até ri: "sociedade que garante a liberdade de associação e de expressão e na qual não existem distinções ou privilégios de classe hereditários ou arbitrários". Que liberdade de expressão temos, se eu não pude nem sequer mencionar nomes de candidatos porque a lei proíbe? Que liberdade de expressão encontramos, quando a imprensa pode ser processada por uma matéria que ainda não foi publicada? Que liberdade de associação temos, se somos obrigados a participar de um sindicato? Que liberdade de expressão temos, se não possuímos a opção de exercer ou não um direito, como o voto?
Nem preciso comentar sobre os privilégios de classes, os fidalgos da modernidade e as inúmeras arbitrariedades de pessoas que pensam mandar nas nossas vidas. E o pior é que cremos nisso!
Vote, meu amigo e minha amiga. Vote, sim. Mas, antes de votar, pense se nós vivemos uma democracia ou niilocracia.
Eu "tô aí"!
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