essa língua nascida
para auxiliar.
Eu não falarei tua língua
de estrela verde
e sem pátria.
Para que esperanto,
se a supremacia indoeuropéia
ocidental anglófona
é tão latente?
Para que esperanto,
se ninguém pode
reinvindicar
sua posse?
(Talvez a Lituânia.)
Para que esperanto,
se eu quero falar
minha língua torta,
inexata,
e usar outra língua
torta, inexata, humana,
ostentando uma bandeira?
Para que esperança
de um mundo sem fronteiras,
sem Impérios,
sem a mão pesada
que dita
o que devemos ser?
Esperanto para quem ainda tem esperança.
Língua nenhuma para quem já não se ilude.
Fábio Pedro Racoski
Os dois versos finais são o que eu chamo de "um soco seco na boca do estômago"! Beleza!
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