terça-feira, 1 de setembro de 2009

Gdansk, minha e sua

Hoje, primeiro dia do mês de setembro de 2009, fazem 70 anos que a Segunda Guerra Mundial começo. A guerra que simplesmente mudou por completo a história do mundo: mais que Alexandre, mais que Jesus, mais que Gêngis Khan, mais que Napoleão.

Há exatos setenta anos, a cidade polonesa de Gdansk foi invadida pela blitzkrieg nazista. Respondendo à invasão da Polônia, Reino Unido e França declaravam guerra à Alemanha. Varsóvia é destruída no mesmo ano. Já em 40, os alemães invadem a Holanda, a França... A partir daí, todos os eventos que conhecemos, lemos, ouvimos: do outro lado do mundo, o Império japonês invade meia Ásia, promove uma série de conquistas e constrói - também eles - campos de extermínio. Os Estados Unidos da América entram na guerra, alterando seus rumos drasticamente. Os pracinhas brasileiros, ao lado dos estadunidenses, promovem na Itália uma campanha desastrosa e, ao mesmo tempo, heroica: soldados totalmente despreparados que alcançaram vitórias relevantes. O dia D, as bombas, os horrores, as belas e trágicas histórias... Um novo mundo nasceu daquela Gdansk invadida.

FILHOS DE GDANSK

Gdansk,
pobre cidade polaca.
Entrou para a históra
após parir um novo mundo,
fruto do estupro promovido
pelas tropas de Hitler.

Gdansk,
profeta do destino polaco.
Sobre os escombros de Varsóvia,
sobre os corpos empilhados,
engatinhava o Mundo Novo.

Gdansk,
minha mãe perseverante.
Sobreviveu.
Ergueu a cabeça
e os ombros
para ver seu menino
tocar o terror,
compor um rock,
fazer amor,
brincar com bodoque.

Fábio Pedro Racoski

2 comentários:

  1. Bonito poema. Tenho um amigo nascido em Gdnask, em 1940. Nunca pôde superar o trauma das bombas. Sofria com portas batendo e fogos de artifício.

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  2. Quem tem memória
    tem alma
    e aí
    pela frente
    é outra história

    Grande abraço, Fábio.


    Thadeu

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