Queres de mim compreensão
e eu, calada, apenas ouço.
Queres de mim toda a paixão
e tu, varão, não vês pública
minha solitária súplica.
Tu não me buscas, rapaz,
quando ouso perder-me em ti
por teu amor, nossa paz...
E eu, sozinha, fico aqui
pelos cantos, a chorar
o teu sentir que não há.
Vem, entra em minh'alma doente
vem por mim, vem encontrar-te.
Aprende a ser diferente,
eu fartei-me de ensinar-te;
compreender-me não é arte
mas ofício espiritual.
Não serei mais passional.
Vem estudar-me com calma
e absolva-te a mim tua alma.
Fábio Pedro Racoski
Ah, caro amigo. Me pegou num dia ruim pra isso de alma feminina.
ResponderExcluirOs versos, como sempre, magistrais, mas reluto em concordar com o que chama de alma feminina, simples objeto a ser desvendado.
Sua sempre admiradora,
M.A.
Tem razão. E concordo com você. O objeto a ser desvendado é minha percepção falha; não quis passar outra pintura no poema mas, composições também são como filhos.
ResponderExcluirPeço desculpas se pareceu diferente e agradeço o comentário.
Gostei do poema. Mas a moça do vídeo, ai, chamou bem atenção, não? ahaha...
ResponderExcluir