domingo, 17 de junho de 2012

Tu

Tu... Vem agora! Vem, rasga-me o peito.
Leva para ti esse coração
que agora não bate, não tem mais jeito.
É teu. Quero viver sem emoção.

Tu... Vai embora! Vai, mata-me assim,
de uma vez, sem dó, para não sofrermos.
Não me deves nada. Nada de mim.
Morramos e vivamos, eis os termos.

Ah... tu não foste nós, nem mesmo eu fui.
As lágrimas caem e o sangue flui.
Não choremos nós, pois, o que não houve.

De ilusão, basta o que se vê e se ouve.
Que o ressentimento nunca nos louve.
O frio aumenta, o pranto diminui.

Fábio Pedro Racoski

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