segunda-feira, 11 de junho de 2012

Verme

eu me alimento
nas profundezas
da podridão humana.

eu me exercito
no chorume
do lixo humano.

eu sou um verme,
um verme humano,
agonizando
em estranhas,
novas e limpas
águas.

um verme imortal,
nascido há tempos,
sobrevivente
de guerras internas,
parasita de dores
e causador de males.

um verme sujo
ameaçado
pela limpa e clara luz
que ousa invadir
seu recinto.

saia daqui,
humanidade!

Fábio Pedro Racoski

2 comentários:

  1. Augusto dos Anjos Contemporâneo. grita Mesmo! a humanidade merece. Gostei muito.

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    1. I ruuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuun!

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