traz à minha memória
imagens de nós dois, nas ruas
úmidas, nebulosas e congelantes
da cidade.
Imagens de você, com frio;
eu cedendo-lhe meu casaco,
meu braço,
meu abraço,
minha alma
tão quente
quanto o frio curitibano.
Cenas do café quente compartilhado,
do prensadão exagerado,
das mãos,
dos olhos,
das bocas,
das vozes...
O frio curitibano
traz aos meus ouvidos
sua risada.
Sua voz cativante,
seus lábios atraentes,
sua presença
ao mesmo tempo
extasiante e tímida.
Ó, frio curitibano...
Leve-me daqui!
Leve-me em seu assovio
num vento bom
até aquela
que me faz sentir calor.
Que surpresa...
O frio curitibano
traz à minha frente
você de volta.
O frio curitibano
me leva a você
e nem percebo
que sou seu,
da mesma forma
que esse frio
toma meu corpo.
Fábio Pedro Racoski
em quem será que estava pensando nessa hora?
ResponderExcluirheheeh
nunca quis tanto estar em Curitiba...
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