sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Bullying: conhecendo e reconhecendo

O bullying, também chamado de assédio moral, é uma triste realidade, muito além dos filmes estadunidenses, presente em nosso meio. Marginalizado em campanhas midiáticas que buscam trazê-lo a conhecimento público, e às vezes ridicularizado por não constituir, necessariamente, uma violência física, tal atitude pode deixar marcas em quem a sofre: traumas, comportamento, insegurança, etc.

Bullying é um termo em inglês, que pode-se traduzir como “acossamento” ou “opressão”. O “valentão” da escola é chamado bully. Logo, a palavra pode ser entendida, também (de uma forma coloquial), como “ação de valentão”. Consiste o bullying em diversos tipos de agressões principalmente psicológicas, mas também físicas: cascudos, ridicularização, piadinhas, caricaturas, fofoca, terror, entre as principais (para ler mais, acesse o artigo da Wikipédia sobre bullying: http://pt.wikipedia.org/wiki/Bullying).

As causas para a vexação por parte dos colegas podem ser várias: discriminação (étnica, social, cultural, religiosa), timidez e características físicas são as principais. Mas nem sempre isto fica claro: segundo Isabella Peres, vítima de Bullying dos 12 aos 13 anos, nunca ficou claro o motivo para tal atitude: “não sabia se era como eu andava, ou com quem andava...”, diz. Ela nunca sofreu violência física, o que ocorre em alguns casos.

Isabella diz que para lidar com o bullying, é preciso “respirar fundo e enfrentar de cabeça erguida; por pior que seja, no final, traz experiência”. O apoio da família e dos amigos é, segundo ela, “de extrema importância” para a superação do medo e da insegurança aí gerados.

A posição tomada pela escola de Isabella era a de diálogo: com os praticantes de bullying, essencialmente. O que, segundo ela, dificilmente surtia efeito, já que não havia ações perante tal realidade no seio escolar, algo que se vê repetindo em diversas instituições de ensino: muita conversa, pouca ação.

Hoje, aos 14 anos, já superados e passados os episódios de bullying, Isabella deixa um recado a quem também sofre com essa atitude: “Eu falo pra enfrentar de cabeça erguida,nunca se deixando abater. Sempre converse com seus pais e coordenadores da escola sobre o que está acontecendo. E acima de tudo, mantenha a calma. Lágrimas e ameaças não vão adiantar para resolver.”

Um comentário:

  1. Que lindinha a minha so(m)brinha mais velha! ;)
    Texto importantíssimo, Biofa.

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