que em algum lugar,
talvez no Brasil,
existisse um homem feliz.
Sinto-lhe dizer,
estimado poeta russo,
mas no Brasil
os poucos homens
que não se viram
metamorfoseados
kafkamente
em baratas, ratos
e porcos,
vivem chorando sangue,
numa tristeza
de dar dó.
Dizem que existe
em algum lugar,
talvez na Rússia,
um homem
que não parou de sonhar.
Fábio Pedro Racoski
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