segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Vergonha de ser alguém

Há uma frase de Nietzsche que, para mim, é uma grande máxima da vida: "quanto mais nos elevamos, menores parecemos aos olhos daqueles que não sabem voar". Eu fico mais intrigado com essa frase ao perceber que muitos daqueles mais elevados também se veem pequenos.

Não falo de pequenez da humildade: falo de sentir-se diminuído, frágil, solitário na multidão, ter vergonha. De quê? Vergonha de ter estudado, vergonha de ser doutor, vergonha de não burlar a lei, vergonha de amar. Infelizmente o que vale nesse meu amado e odiado Brasil é a Lei de Gérson: "o importante é levar vantagem em tudo".

E, procurando algo que exprimisse esse pensamento de Nietzsche e minha conclusão observando a vida, encontrei uma declamação emocionada do eterno Rolando Boldrin:

O texto é um poema de Cleide Canton, com citação final do Águia de Haia, Ruy Barbosa. Foi marcante a declamação, pelo menos para mim: como ser humano, imperfeito, me reconheci em ambos os lados da moeda.

Um comentário:

  1. Nossa...As mais verdadeiras palavras. Que pena... Também me reconheci nos dois lados da moeda.

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