quarta-feira, 6 de maio de 2009

LOST

Não há tempo,
lugar, condição,
paixão, poesia
que me tire
dessa condição.

Perdido, eternamente perdido.
1970 em 2009.
2047 em 1988.
Verão no inverno.
Casaco em janeiro.

Perdido porque me encontrei
num caminho sem partida
e sem destino.
Vida volátil, veloz víbora
que me consome ao mesmo tempo
que me dá sabedoria e alma.

Perdido. E em estar perdido,
encontrado em mim mesmo.
Imune a Cronos,
às bactérias,
ao envelhecimento,
aos vermes da terra.

Sendo perdido, sou livre.
Sou eterno.
Sou professor.
Sou poeta.
Fábio Pedro Racoski

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