vida perdida antes mesmo de ter.
Cai o pranto de acumulado apreço
aniquilado ao ver-lhe à luz morrer.
Ó, vida, por que me trazes tão cedo
o fim de esperanças num ventre cheio?
Arrancas a paz e injeta-nos medo
de esperar por um mundo menos feio.
Choram os risos, cala-se um minuto
o mundo ao ver caixão tão diminuto
quanto a força temporal entre os seus.
Chora o sol, a lua, tudo é só pranto
pela vida que foi sem acalanto,
pela morte que o levou cedo a Deus.
Fábio Pedro Racoski
Gostei (muito) desse poema. Ele me lembrou Augusto dos Anjos...
ResponderExcluir"Porção de minha plásmica substância,
Em que lugar irás passar a infância,
Tragicamente anônimo a feder?!...
Ah! Possas tu dormir feto esquecido,
Panteisticamente dissolvido
Na noumenalidade do NÃO SER!"
Beijo, Biofa!!!