sábado, 27 de fevereiro de 2010

Sagrado Coração

 
Ó, Sagrado Coração
de tantas dores temíveis,
de meus amores incríveis,
de tudo que em mim é não...

Ó, Sagrado Coração
de tantas dores incríveis,
de meus amores temíveis,
meu tudo, meu sim, razão...

Por que, Sagrado, sofreste
tanto nas mãos dos algozes
que calam as nossas vozes
se é tua a glória celeste?

Por que, Sagrado, retratam-te
com ouros, joias e linho
se és um de nós, andarilho?
Acaso os reis subornaram-te?

Ó, Sagrado Coração,
certo dia, nunca é tarde,
eu verei tua verdade:
viver é ter-se Sagrado,
é escrever-se o Coração.

Fábio Pedro Racoski

6 comentários:

  1. Racoski, caro poeta Curitibano, esse é um poema bem diferente do que acostumada ler de você, mais culto, é bonito, mas senti a falta da intimidade dos seus versos. Mas, são versos lindos sim, gostei.

    Um abraço!

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  2. Olá, é a primeira vez que venho aqui e estou adorando. Seus versos são bem construídos. O blog bem interativo.

    Em breve visitarei mais.
    Te sigo.

    Abraços.

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  3. A última estrofe tá tão... "queria-que-tivesse-sido-eu-a-escrever-isso" rs

    A pintura acima tá louca tb! Combinou direitinho com o texto ^^

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  4. "Ó, Sagrado Coração
    de tantas dores temíveis,
    de meus amores incríveis,
    de tudo que em mim é não..."


    É tão lindo,verdadeiro. Tão pessoalmente interpessoal.

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  5. Por que, Sagrado, sofreste
    tanto nas mãos dos algozes
    que calam as nossas vozes
    se é tua a glória celeste?


    Linda essa estrofe... Parabéns, Fábio.

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