comprido,
comprimido cada vez mais
em meio a números
que crescem.
No calendário, em progressão aritmética.
Na carne, em progressão geométrica.
Sinto-me velho: vi o muro de Berlim
caindo na TV.
Vi a mancha do Gorbachev e a Perestroika.
Vi os oitenta, os noventa, os dois mil...
Sinto-me jovem: solteiro, solto, piá de tudo.
Novos dias, novos desafios, novos paladares.
Nova combinação de cores.
28. E não tenho saudades da infância querida.
Nem anseios aos cabelos brancos que ainda
não chegaram.
Filho, professor, poeta, tentativa de músico,
e muitas latas de Bozzano pela frente.
Assim espero.
Fábio Pedro Racoski
Ei, caro poeta, gosto de progressões, elas são bonitas e assustadoras. Nunca encontram um final.. (2,4,8,16,32,64,128...) Mas, ao mesmo tempo, esse infinito não interessa para matemática, só a beleza dos números crescerem e sumirem..Sei lá, cultura inútil.
ResponderExcluirPoesia bonita!
Lindo poema! Parabéns, de novo!
ResponderExcluirdois dias depois, que esses vinte e oito se multipliquem por três. ainda dá! um abraço!!!!!!
ResponderExcluirBela poesia.
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