Lá eu não sei quem é rei,
ainda que alguns tentem
arrumar plebeus
para chicotear.
Vou-me embora de Pasárgada.
Lá, a mulher que eu quero
é apedrejada, condenada
a viver nas sombras
dos becos.
Vou-me embora de Pasárgada.
Lá, a realidade não é real.
Lá, as pessoas são planas,
superficiais e traiçoeiras.
A fogueira das vaidades...
Vou-me embora de Pasárgada,
ainda que meus amigos
lá se afoguem
no rio de quem tenta
remar contra a correnteza.
Vou-me embora de Pasárgada.
A mãe d'água não existe.
O sonho acabou.
Quero o cimento sujo
e fedorento
das ruas cruéis
de minha vida real.
Fábio Pedro Racoski
Muito criativo da sua parte, adorei!
ResponderExcluiré meu velho, tô quase indo também.... mas sou cabeçudo, e decidi lutar mais um pouco.....
ResponderExcluirVc vai fazer falta!