quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Declaração "Universal" dos "Direitos Humanos"

Há exatamente 60 anos, reptilianos, lirianos, Ashtar Sheran e Tassadar (enfim, todo o Universo!), assistiram à criação da Declaração Universal dos Direitos Humanos, redigida e assinada por membros da recém-fundada ONU. Não todos, mas a maioria.

O mundo atual não é o mesmo de antes da Segunda Guerra: aquele mundo morreu junto dos soldados antes de 1945. A DUDH é uma das marcas do nascimento desse Novo Mundo. Mas o que mudou, na real, quando o assunto é direitos humanos? "Precisamos combater as nações que debocham da Declaração", disse o único redator vivo da carta, Stéphane Hessel, agora com 91 anos.

Muito bem, Hessel. Vamos lá, caro leitor: arregace as mangas, vista seus apetrechos de peleja e vá à luta. Os adversários são pequenos: China, Rússia, Estados Unidos da América, Índia, Brasil... Façamos um boicote!

Vivemos num mundo que não sente náusea nem mesmo diante da maior violência possível. Como uma humanidade assim pode levar a sério algum direito humano? Como pessoas que não se importam em comprar peças de carro no "roubauto" podem compreender a profundidade desse problema: a ausência de direitos humanos?

Olhe à sua volta e, depois, leia o primeiro artigo da Declaração:

Ko te katoa o nga tangata i te whanaungatanga mai e watea ana i nga here katoa; e tauriterite ana hoki nga mana me nga tika. E whakawhiwhia ana hoki ki a ratou te ngakau whai whakaaro me te hinengaro mohio ki te tika me te he, a e tika ana kia meinga te mahi a tetahi ki tetahi me ma roto atu i te wairua o te noho tahi, ano he teina he tuakana i ringa i te whakaaro kotahi.

Não entendeu? É claro: esta é a tradução para maori. Agora em português:

Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.

Particularmente, não me ajudou muito na compreensão real do que acontece em Curitiba, no Brasil, em Portugal ou no Usbequistão. Livres e iguais em dignidade e direitos? E os casais homossexuais? As mães solteiras? Os muçulmanos? As variadas parcelas da humanidade apunhaladas pela discriminação, pelo preconceito, pelo ódio?

A DUDH possui trinta artigos (menos que os 43 dogmas do Vaticano!).

Para terminar, o segundo artigo:

Todos os seres humanos podem invocar os direitos e as liberdades proclamados na presente Declaração, sem distinção alguma, nomeadamente de raça, de cor, de sexo, de língua, de religião, de opinião política ou outra, de origem nacional ou social, de fortuna, de nascimento ou de qualquer outra situação. Além disso, não será feita nenhuma distinção fundada no estatuto político, jurídico ou internacional do país ou do território da naturalidade da pessoa, seja esse país ou território independente, sob tutela, autônomo ou sujeito a alguma limitação de soberania.

Por isso que o Hessel sugeriu a criação de uma corte internacional onde o cidadão comum possa processar governos nacionais. É, Stéphane: é preciso. Pois as nações não debocham da Declaração. Elas estupram-na!

Um comentário: