“E onde eu encontro esse Imperador?”, perguntei já sonolento. “Em seus sonhos, professor. Mas você precisa esperar mais duas pessoas antes de dormir. São dois escolhidos para a batalha: Wellington e Sarah.”
Eu os conheço: Wellington é zelador de uma das escolas onde trabalho. Sarah é balconista em uma padaria perto da minha casa. Eis a situação: um professor de história, fã de música caipira; um zelador que “curte” reggae; e uma balconista adolescente metaleira. Escolhidos ecléticos...
Irina explicou-me: “Wellington gosta de ler, principalmente fábulas heróicas ao estilo Senhor dos Anéis. Sarah é a música e, também, a que tem mais espiritualidade aqui. Espere, professor, que logo vocês vão encontrar o Imperador.”
Eu já não me embriagava mais de informações, ainda que o clima parecesse muito psicodélico para alguém que não consumiu LSD. Enquanto esperava para dormir – vejam só! –, cantarolava melodias das canções de minha infância. “Ando devagar porque já tive pressa e levo esse sorriso porque já chorei demais...” Eis que Irina, tão jovem, continuou a canção junto a mim. E lá fomos nós, cantarolando músicas de Almir Sater, Tião Carreiro, Silvio Britto, Pena Branca e Xavantinho... Músicas: formavam meu elo com a “realidade” que eu um dia vivi.
CONTINUA...
Folhetim Fantástico! Essa coisa da música ser o elo com a realidade... e as personagens... cada vez mais peculiares.
ResponderExcluirMuito, muito bom mesmo!
ResponderExcluirMe pergunto como você consegue assunto para postar todos os dias ^^
Olá Fábio
ResponderExcluirTexto engraçado, mas isto é alguma novela, romance, ou?
Amigo, quero desejar a si, sua família e para todos aqueles que consigo partilham a vida, para que tenham um Ano de 2009 com muita saúde, amor, paz, e porque não, com muitos Reais na carteira.
Um abraço para si e continuação de Boas-Férias.
Deste seu amigo,
A. Soberbo